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Mostrando postagens de janeiro, 2018

"Tudo que é sólido, desmancha no ar" - A burguesia e seu poder produtivo

"Tudo que é sólido, desmancha no ar" - Marshall Berman:  A burguesia e seu poder produtivo  Um livro, que então, ironicamente, aborda a modernidade segundo Marx, reencenando o destino da sociedade que ela mesmo descreve, gerando as ideias que desmancha no seu próprio ar. Tudo que o que é construído pela sociedade burguesa, é feito para que rapidamente seja desfeito, ou destruído.  "Tudo que é sólido - das roupas sobre nossos corpos e aos teares e fábricas que as tecem, aos homens e mulheres que operam as máquinas, às casas e aos bairros onde vivem os trabalhadores, ás firmas e corporações que os exploram, ás vilas e cidades, regiões, inteiras e até mesmo as nações que as envolvem - tudo isso é feito para ser desfeito amanhã, despedaçado ou esfarrapado, pulverizado ou dissolvido, a fim de que possa ser reciclado ou substituído, na semana seguinte e todo processo possa seguir adiante, sempre adiante, talvez para sempre, sob formas cada vez mais lucrativas&qu

Mural de Detroid - Deigo Rivera (esboço e versão colorida)

Mural de Detroid - Deigo Rivera (esboço e versão colorida) Diego Rivera transformou esboços em sua pintura mural icônica de Detroit. Rascunho Mural pronto EDIÇÃO E SÍNTESE:  FERNANDA E. MATTOS,  AUTORA E COLUNISTA. PÓS GRADUADA EM GEOGRAFIA, PELA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA. Esta publicação não possui fins lucrativos, você pode compartilhar, favor cite a fonte.  Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional .

Industrial workers of the world - Diego Riveira

Industrial workers of the world -   Diego Riveira EDIÇÃO E SÍNTESE:  FERNANDA E. MATTOS,  AUTORA E COLUNISTA. PÓS GRADUADA EM GEOGRAFIA, PELA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA. Esta publicação não possui fins lucrativos, você pode compartilhar, favor cite a fonte.  Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional .

A Revolução, por Jean-Paul Sartre

A Revolução, por Jean-Paul Sartre Na fotografia: Sim, one de BeauvoirJean Paul Sartre e Che Guevara (1960) A revolução é remédio em dose cavalar: uma sociedade quebra os próprios ossos a marteladas, arrasa estruturas, convulsiona instituições, transforma o regime da propriedade e redistribui seus bens, orienta a produção segundo outros princípios, buscando aumentar-lhe, o mais depressa possível, o índice de crescimento e, no instante mesmo da mais radical destruição procura reconstruir, procura dar a si mesma, com enxertos de ossos, um novo esqueleto. O remédio é drástico. Frequentemente é preciso impô-lo pela violência.  O extermínio do adversário e de alguns aliados não é inevitável. Manda a prudência, porém que estejamos preparados para ele.  EDIÇÃO E SÍNTESE:  FERNANDA E. MATTOS,  AUTORA E COLUNISTA. PÓS GRADUADA EM GEOGRAFIA, PELA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA.  REFERÊNCIA: furacão sobre cuba. 5ª edição. editora: do autor ltda.  1986. 

(1933) A nomeação de Adolf Hitler como primeiro ministro da Alemanha por Eduardo Galeano

(1933) A nomeação de Adolf Hitler como primeiro ministro da Alemanha por Eduardo Galeano JANEIRO 30 Os famosos discursos inflamados de Hitler, tal como o uso dos meios de comunicação existentes à época foram poderosos instrumentos de propaganda usados pelo governo nazista.  A CATAPULTA Em 1933, Adolf Hitler, foi nomeado primeiro ministro da Alemanha. Pouco depois, celebrou um ato imenso, como correspondia ao novo dono e senhor da nação. Modestamente, gritou: - Eu estou fundando a Era da Verdade! Desperta Alemanha! Desperta! e os rojões, os fogos de artifício, os sinos das igrejas, os cânticos e as ovações multiplicaram os ecos. Cinco anos antes, o partido nazista havia conseguido menos de 3% dos votos. O salto olímpico  de Hitler rumo ao topo, foi tão espetacular como a simultânea queda, rumo aos abismos, dos salários, dos empregos, da moeda e de todo o resto. A Alemanha, enlouquecida pelo desmoronamento geral, desatou a caça aos culpados: os judeus, os comun

AS MÃOS DA MEMÓRIA: Em São Petersburgo, quando ainda se chamava Leningrado, conheci a história da ressurreição da cidade por Eduardo Galeano

AS MÃOS DA MEMÓRIA: Em São Petersburgo, quando ainda se chamava Leningrado, conheci a história da ressurreição da cidade por Eduardo Galeano Foto montagem: Leningrado em 1941, atual São Petersburgo, foto tirada em 2012. Voluntários vão para o front. m São Petersburgo, quando ainda se chamava Leningrado, conheci a história da ressurreição da cidade.  Ela tinha sido assassinada pelas tropas de Hitler, em 1941 e 1944. Depois de novecentos dias de bombardeios contínuos e um bloqueio implacável, era uma imensa ruína, habitada por fantasmas, a cidade que tinha sido rainha do Báltico, a capital de Rússia de czares e berço da revolução comunista. Vinte anos depois daquela tragédia, pude comprovar que a cidade tinha tornado a ser o que havia sido. Seus habitantes tinham fundado a cidade novamente, pedacinho a pedacinho, dia após dia. As plantas do projeto de reconstrução vinham das fotos, dos desenhos, das velhas reportagens e dos depoimentos dos moradores de cada bairro.