Os sapatos na mira da Revolução Francesa
A
Revolução Francesa (1789) teve efeitos também na moda da Europa: linhas mais
simples, vestidos tipo império e inspiração na tradição greco-romana – até
os cabelos se tornaram mais curtos com a onda anti-monárquica e anti-nobreza. Ainda
mais interessante é o efeito das ideias revolucionárias nos calçados
femininos e masculinos.
A proposta era se vestir de maneira mais despojada e
sem luxo (já vimos como isto durou pouco) e os saltos altos passaram a ser mal
vistos pelos revolucionários. A moda na corte de Maria Antonieta era usar
sapatos ricamente ornamentados com bordados e pedrarias, sempre com saltos
altíssimos, tanto para mulheres quanto para homens (estes usavam saltos um
pouco mais discretos). Com a Revolução, os sapatos se tornaram menos
enfeitados, mais sóbrios, e os saltos abaixaram muito. Algumas mulheres usavam
um saltinho de poucos centímetros, só para não perder o hábito.
Maria Antonieta, por
exemplo, foi decapitada usando um modelo de salto modesto e sem detalhes –
muito diferente dos modelos extravagantes que escolhia nos seus tempos de
rainha. Como ninguém queria perder a cabeça, as damas e cavalheiros abriram mão
dos calçados mais glamorosos. E este modismo não ficou só na França, os
ingleses e italianos também aderiram e desceram dos saltos – como dizemos hoje.
Ela foi esposa do rei Luís XVI e, após a Revolução
Francesa, foi guilhotinada no dia 16 de outubro de 1793.
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