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Em tempos de 'austeridade', é o trabalhador que paga o 'pato' + ''Jeitinho Neoliberal de governar: Episódio: Beto Richa

Devido a atual crise no Estado do Paraná, vamos falar um pouco sobre austeridade, um tema de muita relevância para podermos compreender o que está ocorrendo no Estado do Paraná (meu querido Paraná) devido a incompetência do excelentíssimo governador Beto Richa e sua bancada governista junto aos sangue sugas comissionados.

Nos atenhamos primeiro ao significado econômico do termo austeridade:
"No âmbito da economia, austeridade significa ter um maior rigor no controle de gastos, faz parte de um plano ou de uma política, quando algum país está com um alto déficit e não consegue mais se sustentar".

''CAPITALISMO PARA TÓTÓS'' Parte: XIII

Sobre a austeridade
austeridade - o termo encontrado pelos teóricos e governantes do estado capitalista para definir uma política de supressão do Estado e dos serviços públicos. "Austeridade" é um termo com uma carga de moralidade, aliás, "austeridade" significa tanto "severidade", como "rigor". A questão aqui não é tanto sobre o significado da palavra, mas sobre o acerto do termo. A utilização do termo aqui é propositada para confundir a realidade com o conceito. Ou seja, não é o significado de "austeridade" que é distorcido, mas é a aplicação desse conceito que tenta disfarçar a situação real com que estamos confrontados.

Por um lado, porque os povos sujeitos à chamada "política de austeridade" não são governados com rigor, nem as imposições de miséria e o esbulho que empobrecem os trabalhadores estão revestidos de qualquer "ética social" ou "moralidade". Basta verificar que as maiores fortunas, o capital nacional e transnacional continuam a crescer a ritmo alucinante, na proporção direta do empobrecimento das camadas trabalhadoras e intermédias da população.

A "austeridade" não é a aplicação de uma qualquer "disciplina" na economia, é apenas a forçada diminuição de despesa (e na maior parte dos casos da receita igualmente) dos Estados, como forma de comprimir totalmente o serviço público, garantindo a apropriação pelos interesses privados, amassando mais e mais áreas de negócio e mais e mais lucros. A disciplina imposta à esfera pública é contraposta pela total liberdade de aquisições por privadas, pela desregulação das relações laborais e pela selvajaria da exploração e do desmantelamento dos próprios Estados. A contração do investimento, da despesa e da receita públicas, são afinal de contas, a verdadeira expressão da "austeridade" que impõe brutais constrangimentos econômicos a uns para assegurar a opulência de outros.


A pretexto dessa "austeridade" pública, os patrões encontram mais uma justificação para impor igualmente piores condições de exploração do trabalho e assim, desvalorizando o trabalho, garantir mais lucro. Por isso mesmo, no atual contexto, a palavra certa para "política de austeridade" seria "roubo massivo" ou "crime organizado".

O governador Beto Richa (PSDB) tanto que se manteve firme que conseguiu que fosse aprovada por votação a PL para confiscar os R$ 8 bilhões da poupança previdenciária. O dinheiro é para a aposentadoria e pensões futuras de 200 mil funcionários do Paraná. O tucano quer abocanhar o numerário para bancar o rombo no caixa.











Texto original: ''Capitalismo para tótós'', Império Bárbaro. Síntese:  Fernanda E. Mattos, autora e colunista do Blog Um quê de Marx.
É permitido o compartilhamento desta publicação e até mesmo a edição da mesma. Sem fins lucrativos e cite a fonte. Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.









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