O GRANDE OUTUBRO
Ó grande Outubro da classe trabalhadora
Levantaram-se afinal os que estavam
Por tanto tempo curvados! Ó soldados, que afinal
Dirigiram os fuzis para a direção certa!
Os que lavraram o campo no início do ano
Curvaram-se mais ainda. Mesmo a colheita
Fui para os celeiros dos senhores. Mas o Outubro viu o pão já nas mãos certas!
Desde então
O mundo tem sua esperança
O mineiro do País de Gales, o cule da Manchúria
E o operário da Pensilvânia que vive pior que um cão
E o alemão, meu irmão, que ainda
Inveja aquele: todos
Sabem, existe
Um Outubro
O soldado da milícia espanhola
Vê por isso com menos preocupação
Os aviões dos fascistas
Que investem contra ele
Mas em Moscou, a célebre capital
De todos os trabalhadores
Move-se a cada ano na Praça Vermelha
O infindável cortejo dos vencedores
Levando em emblemas de suas fábricas
Imagens dos tratores, novelos de lãs das fábricas de tecidos
Também feixes de espigas das indústrias de cereais
Acima deles os aviões de combate
Que escurecem o céu, e à frente deles
Os seus regimentos e esquadrões de tanques
Em largas faixas
Carregam as suas senhas e
Os retratos dos seus grandes mestres. As faixas
São transparentes, de modo que
Tudo isso é visível a um só tempo
Pequenas, em mastros delgados
Agitam-se altas bandeiras. Nas ruas mais distantes
Quando o cortejo pára
Anima-se danças e jogos, um ao lado do outro, alegres
Mas para todos os opressores
Uma ameaça
Ó grande Outubro da classe trabalhadora!
![]() |
Discurso de Lenin, autor desconhecido. |
Ó grande Outubro da classe trabalhadora
Levantaram-se afinal os que estavam
Por tanto tempo curvados! Ó soldados, que afinal
Dirigiram os fuzis para a direção certa!
Os que lavraram o campo no início do ano
Curvaram-se mais ainda. Mesmo a colheita
Fui para os celeiros dos senhores. Mas o Outubro viu o pão já nas mãos certas!
Desde então
O mundo tem sua esperança
O mineiro do País de Gales, o cule da Manchúria
E o operário da Pensilvânia que vive pior que um cão
E o alemão, meu irmão, que ainda
Inveja aquele: todos
Sabem, existe
Um Outubro
O soldado da milícia espanhola
Vê por isso com menos preocupação
Os aviões dos fascistas
Que investem contra ele
Mas em Moscou, a célebre capital
De todos os trabalhadores
Move-se a cada ano na Praça Vermelha
O infindável cortejo dos vencedores
Levando em emblemas de suas fábricas
Imagens dos tratores, novelos de lãs das fábricas de tecidos
Também feixes de espigas das indústrias de cereais
Acima deles os aviões de combate
Que escurecem o céu, e à frente deles
Os seus regimentos e esquadrões de tanques
Em largas faixas
Carregam as suas senhas e
Os retratos dos seus grandes mestres. As faixas
São transparentes, de modo que
Tudo isso é visível a um só tempo
Pequenas, em mastros delgados
Agitam-se altas bandeiras. Nas ruas mais distantes
Quando o cortejo pára
Anima-se danças e jogos, um ao lado do outro, alegres
Mas para todos os opressores
Uma ameaça
Ó grande Outubro da classe trabalhadora!
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Cartaz 1919 Trabalhadores, a revolução de outubro deu-lhe as fábricas |
Organização da publicação: Fernanda E. Mattos, autora e colunista do Blog Um quê de Marx. Referência: Bertolt Brecht, Poemas 1913-1956.Editora: 34.
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