A classe hegemônica impõem uma educação para o trabalho alienado, segundo István Mészáros
Aprender, desde que seja útil: Educar não é a mera transferência de conhecimentos, mas sim conscientização e testemunho de vida. É construir, liberar o ser humano de cadeias do determinismo neoliberal.

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Mészáros
defende uma educação que supere a lógica do capital, que por sinal, é um fator
que nos torna ainda mais individualistas.
Segundo
Gramsci, “educar é por fim à separação entre o Homo faber e o Homo sapiens”, e
possibilitar uma educação emancipatória. Que a educação não fique estrita
somente no campo da pedagogia, mas de sair às ruas, para os espaços públicos, e
abrir-se para o mundo.
Para
o autor, a educação poderia ser uma alavanca essencial para a mudança, porém,
infelizmente, “tornou-se instrumento dos estigmas da sociedade capitalista:
fornecer conhecimentos e o pessoal necessário a maquinaria produtiva de expansão
do sistema” p.16.
Mészáros sustenta que, a educação deve ser:
(...)
“Continuada, permanente, ou não é educação. Defende a existência de práticas
educacionais que permitam aos educadores e alunos trabalharem as mudanças
necessárias para a construção de uma sociedade na qual o capital não explore
mais o tempo de lazer, pois as classes dominantes impõem uma educação para o
trabalho alienado, com o objetivo de manter o homem dominado” p. 12
Poderíamos
concluir que o autor, nos propõe então, uma educação libertadora? Sim.
Uma
educação libertadora cuja função é “transformar o trabalhador em um agente
político, que pensa, que age, e que usa a palavra como arma para transformar o
mundo” p. 12
Assim
como pensou Marx, Mészários também acredita que uma sociedade só é capaz de ser
transformada por meio de luta de classes.
“É
necessário romper com a lógica do capital se quisermos contemplar a criação de
uma alternativa educacional significantemente alternativa” p. 27
Não
pensemos que a transformação da educação, proposta por Mészáros seja de cunho
reformista, o mesmo deixa em evidência tal observação, partindo da premissa de
que o capital é irreformável, portanto, a mudança é radical, e não reformista.
(o autor faz estas observações na p.12).
Encerro
esta breve reflexão, com uma mensagem do autor, que dedico à todos os
educadores que em meio as dificuldades, tentam promover uma educação
emancipatória.
“Os que lutam contra a exploração, a opressão, a
dominação e a alienação – isto – é contra o domínio do capital têm como tarefa
educacional a transformação social ampla emancipadora”. p.18
SÍNTESE E PUBLICAÇÃO: FERNANDA E. MATTOS, AUTORA E COLUNISTA DO BLOG UM QUÊ DE MARX. REFERÊNCIAS: Mészáros istván. a educação para além do capital. 2ªed. editora boitempo, 2008. p.42-46. eduardo galeano. de pernas pro ar. editora l&pm pocket 2013.
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