"Não se pode confundir a posição de classe com a quantidade de
dinheiro que se ganha".
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A luta das classes antagônicas, por @EnekoHumor. |
Iniciemos a reflexão, com a citação abaixo:
A divisão de classes não está fundamentada nem na magnitude da fortuna,
nem na renda. O sentido grosseiro transforma a distinção de classes segundo o
tamanho da carteira do indivíduo. A medida da carteira é uma diferença apenas
quantitativa, porque sempre se pode jogar um indivíduo da mesma classe contra
outro (...) (Beluche¹, 2002 p.115)
Por outro lado,
tampouco a classe social deve ser confundida com a profissão. Dentro de cada
classe existe uma infinidade de profissões. “São as classes que influem na
predileção das profissões”. Mas, um burguês não será serralheiro ou
carpinteiro. Se um operário quiser virar burguês, não há nada que o proíba,
basta ter dinheiro e controlar os meios de produção.
Há os setores
intermediários entre as classes, ou na mesma classe. Um soldador de submarino
pode ganhar 20.000 reais. E mesmo assim, não deixa de pertencer a classe que
vende a sua forca de trabalho. Assim como, um burguês pode lucrar por mês
milhões, e outro burguês, apenas 500.000 reais.
Marcio Pochmann, em
seu livro: “Nova classe média?”,
defende a mesma ideia, a negação da afirmativa do surgimento de “novas classes”
(A,B,C,D), baseados na renda, este fator foi muito defendido no governo Lula e
Dilma. O de fato ocorreu, foi o aumento do poder aquisitivo do trabalhador, (acensão do poder de compra) e
uma expressiva queda da pobreza.
“Em síntese: entende-se que não se trata da emergência de uma nova
classe- muito menos de uma classe média. O que há, de fato, é uma orientação
alienante sem fim, orquestrada para o sequestro do debate sobre a natureza e a
dinâmica das mudanças econômicas e sociais, incapaz de permitir a polarização
classista do fenômeno de transformação da estrutura social” (Pochmann, 2012
p.08).
Sendo assim, a classe dominante em seu conjunto e domínio dos meios de produção, ganham muito mais dinheiro, enquanto a classe oprimida, em seu conjunto ganha apenas o necessário para sobrevivência, ou nem isso.
¹ WILIAM FELIPPE, CITA PONCHMANN NO SUBCAPÍTULO DE: AS CLASSES SOCIAIS NO CAPITALISMO. EDITORA: SUDERMANN, 2008. P´GINAS: 114-117.
"NOVA CLASSE MÉDIA?". MARCIO PONCHMANN. EDITORA: BOITEMPO, 2012. PÁGINA:08.
EDIÇÃO E SÍNTESE: FERNANDA E. MATTOS, AUTORA E COLUNISTA DO BLOG UM QUÊ DE MARX. REFERÊNCIAS:
Esta publicação e até mesmo a edição da mesma. Sem fins lucrativos e cite a fonte. Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
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