Os
grandes homens, que na França iluminaram os cérebros para a revolução que se
havia de desencadear, adotaram uma atitude resolutamente revolucionária.
Não
reconheciam autoridade exterior de nenhuma espécie.
E
que a justiça eterna tomou corpo na justiça burguesa; que a igualdade se
reduziu à igualdade burguesa em face da lei, que, como um dos, direitos mais
essenciais do homem, foi proclamada a propriedade burguesa; e que o Estado da
razão, o “contrato social” de Rousseau, pisou e somente podia pisar o terreno
da realidade, convertido na república democrática burguesa.
Os filósofos franceses do século XVIII, abriram caminho à revolução francesa, apelavam para a razão como juiz único de tudo o que existe. Pretendia-se instaurar o Estado racional, uma sociedade justada à razão.
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A fraternidade lema da revolução tomou corpo de deslealdades e na inveja da luta de concorrência;
A "libertação da propriedade" dos entraves feudais agora se convertia em realidade, vinha a ser para o pequeno burguês;
A promessa de paz eterna convertera-se numa interminável guerra de conquistas.. e o antagonismo entre os ricos e pobres, longe de dissolver-se no bem-estar geral.
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Observem esta imagem. É uma charge do século XVIII que retrata o
Terceiro Estado carregando nas costas o Primeiro e o Segundo Estados. Percebam
a diferença nas roupas dos personagens. O que está carregando, o Terceiro
Estado, está velho, cansado, e suas roupas são mais pobres, são roupas do Povo
(camponeses, trabalhadores urbanos e burguesia). O que usa chapéu de plumas e
roupas coloridas representa o Segundo Estado, os nobres. O outro representa o
Primeiro Estado, o clero, ou seja, aqueles que pertencem à Igreja (reparem numa
cruz pendurada em seu pescoço).
Texto original: DO SOCIALISMO UTÓPICO AO SOCIALISMO CIENTÍFICO- ENGELS
Texto síntese: Fernanda E. Mattos,
autora e colunista do Blog Um quê de Marx.
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