Na própria França, o socialismo não baseado na luta de classes teve a sua
continuação com o trabalhador artesanal sapateiro Pierre- Joseph PROUDHON, que
A organização do crédito afirmava: “O que precisamos, o que reivindico em nome
dos trabalhadores, é a reciprocidade, a igualdade na troca, a organização do
crédito”. O crédito gratuito era a solução do problema social: com ele, os
trabalhadores “comprariam” a sua liberdade do capitalista. “A propriedade é um
roubo”, tinha afirmado na gratuidade do crédito. Mas fracassaram suas
tentativas de organizar um Banco dos Trabalhadores (pela lógica concorrência
dos bancos capitalistas).
APESAR DE CRITICÁ-LO, MARX VIU EM PROUDHON, UM SAPATEIRO, A DEMONSTRAÇÃO DA CAPACIDADE DE PENSAMENTO INDEPENDENTE DE CLASSE OPERÁRIA.
A partir do texto marxista "Miséria da Filosofia", a relação de Marx com Proudhon se tornaria conturbada. Enquanto Proudhon se mantinha em silêncio, Marx não cansava de afrontá-lo por todos os viés possíveis. Para Marx, o seu ex amigo teria uma mentalidade burguesa, pois concebia um mundo abstrato, sem se preocupar em apreender a totalidade do real.
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Outro francês, LOUIS BLANC, por sua vez
proprunha que o Estado remediasse o problema social.. em “A organização do
trabalho”, criticava a economia individual, sustentando que a economia coletiva
acabaria por se impor. O estado popular deve regular a produção. Para isso,
criaria oficinas nacionais mistas (privadas e estatais), a fim de que todos
pudessem ter trabalho.
“A concorrência levará a transformação
social pacífica” afirmava, rejeitando todo ato de violência revolucionária.
Texto original: MANIFESTO COMUNISTA- Boitempo. Texto síntese: Fernanda E. Mattos,
autora e colunista do Blog Um quê de Marx.
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