Seria
a renda o fator determinante para com o antagonismo de classes?
Não
se pode confundir que apenas “pela quantidade de dinheiro que se ganha” é o
fator que determinará da posição do sujeito dentro de um determinada classe.
Por
isso Marx disse: “A divisão em classes não está fundamentada nem na magnitude
da fortuna, nem na renda”*. Pode existir um burguês que ganhe cem vezes mais do
que outro burguês e mesmo assim os dois continuarão a serem burgueses.
Seria
então a profissão como elemento caracterizador?
Podemos
dizer que dentro de cada classe existe uma variedade de profissões, são as
classes que influem na predileção das profissões, hora, um burguês não será um
carpinteiro. O fato é que a classe burguesa exerce profissões de comando,
gerência, inteligência, quanto às classes populares exercem os ofícios de
obediência, disciplina e esforço físico.
Entende-se
como classe um grupo social aberto (onde os indivíduos podem mudar de classe),
sendo a classe anterior ao indivíduo e independente de sua vontade e temos a
classe como um agente modelador do indivíduo.
[...]
a classe torna-se independente dos indivíduos, de maneira que estes últimos
encontram-se condições já estabelecidas, recebem d sua classe, a sua posição na
vida, simultaneamente o seu desenvolvimento pessoal, estão subordinados à sua
classe.*
Mas
afinal, o que diferencia uma classe da outra?
Sabendo
da origem (e desenvolvimento) da propriedade privada e em consequência a
divisão do trabalho, podemos dizer que este domínio do capital criou uma situação
em comum, interesses em comuns a determinadas classes e lembrando que
interesses das mesmas são antagônicos, ou seja, são opostos. Eis os grandes
fatores de diferenciação “o pertencer”, “fazer parte”, “herdar costumes,
posição social”.
* Trecho citado do texto original
Texto original: As classes sociais- Melcíades Peña in: As classes sociais no capitalismo- Editora Sudermann. Texto síntese: Fernanda E. Mattos, autora e colunista do Blog um quê de Marx.
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