O Paradigma do turista e do Vagabundo + Quem possui acesso a festa da globalização?
De antemão alertamos ao termo "vagabundos", que não se trata de nenhuma ofensa, utiliza-se o mesmo partindo da ideia original, contida no livro do autor.
Quem pode ser turista?
Quem pode ser turista?
Os turistas torna-se andarilhos e colocam os sonhos agridoces de saudade acima do conforto de seus lares, os turistas são os que possuem a liberdade de escolha no momento em que são seduzidos pelo prazer.
E poderíamos dizer que todos possam vir a ser um turista? Obviamente, nem todos podem se tornarem andarilhos (devido a seus desejos), não sendo, são considerados sendo os vagabundos, esses, se movem somente quando são empurrados ou desenraizados e quando o movimento acontece a situação é "tida como tudo", menos sendo sinônimo de liberdade. Assim são os "vagabundos", aqueles que não possuem a capacidade de comprar a sua mobilidade, são o refugo do mundo que e se dedicam ao serviço dos turistas.
"Os turistas ficam ou se vão a seu bel-prazer. Deixam um lugar quando novas oportunidades ainda não foram experimentadas. Os vagabundos sabem que não ficarão muito tempo nm lugar, por mais que desejam, provavelmente em nenhum lugar onde pousem serão bem recebidos¹.
Os turistas se movem porque possuem mobilidade e "todo um mundo" está a seu alcance. Já o vagabundo movimenta-se porque o mundo a seu alcance (local) é inóspito, ou seja, os vagabundos não viajam por livre escolha, pois, não possuem mobilidade prazerosa, viajam porque o lugar torna-se inóspito.
A globalização da mobilidade "gira em função" dos desejos e anseios dos turistas e os mesmos são os que produzem vagabundos, a partir do momento em que fazem as suas escolhas. Um turista viaja por desejo, em busca de satisfação, em outro extremo, estão os vagabundos, viajantes das circunstâncias, cujo os direitos de se tornarem turistas lhes foram negados.
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Quem possui acesso a festa da Globalização? |
¹Paradigma do Turista, p. 101.
Texto síntese: Fernanda E. Mattos, postagem baseada na obra "Globalização e consequências humanas", de Zygmunt Bauman.
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