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ESPECIAL INDEPENDÊNCIA- Guia Millor sobre a história do Brasil: ''Da boca livre colonial à boca livre da república"

Guia Millor sobre a história do Brasil: ''Da boca livre colonial à boca livre da república"


A moral da história é que nosso país antes era "boca livre" da metrópole, hoje dos que dizem que governam em nome do povo.
Millôr, 1976. Digitalização: umquedemarx.com.br
"A moçada toda estava na maior 'boca livre' da História do Brasil, o Baile da Ilha fiscal, mas quando saiu, já dia claro percebeu que, pelo menos na Monarquia, a boca livre tinha acabado. Felizmente, porém, a república não abandonou esse costume, do mais saudáveis da Monarquia. O 'maîtres' de todas as presidências continuam escolhidos entre os melhores e membros do Baile da ilha fiscal"
Millor, 1976.


ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O "GRITO DO IPIRANGA"

Millôr, 1973.
Digitalização: umquedemarx.com.br




Mentiram-me.Mentiram-me ontem
e hoje mentem novamente. Mentem
de corpo e alma, completamente.

Este poema foi publicado em diversos jornais em 1980. Ele serve para ilustrar o modo como o brasileiro é enganado, não só quando estuda os fatos passados, mas também os atuais. A INDEPENDÊNCIA foi uma farsa, uma história mal contada, mentira deslavada que todos engoliram sem ter a mínima participação, nem mesmo no abaixo assinado de Bonifácio do “Dia do Fico” o povão participou. O Grito da Independência saiu meio rouco e poucos escutaram, é por isso, que enquanto uma minoria abastada vive “Deitada eternamente em berço esplêndido, ao som do mar e à luz do céu profundo“, a maioria da população vive jogada às traças à margem do sistema e da sociedade, são milhões de jovens, crianças e velhos, brancos, negros e índios todos estamos no mesmo barco furado de uma economia e um sistema capitalista injusto e selvagem, feito para poucos como o nosso país cuja bandeira também representa a elite, haja visto, que o próprio lema “Ordem e Progresso” foi extraído da filosofia positivista burguesa da França e transposta para a linda bandeira verde e amarela, azul e branca repleta de símbolos da maçonaria. Até hoje, 2009, completam-se 177 anos que “O Sol da liberdade em raios fulgidos” não brilha no céu da pátria para a maioria. Até esse instante a palavra liberdade não saiu do papel para fazer valer o direito da maioria de ter uma casa, emprego, terra para plantar e moradia e o básico para sobreviver. Liberdade sem condições de sobrevivência não é liberdade! Salve lindo pendão da esperança!*






Postagem: Fernanda E. Mattos, autora e colunista do Blog Um quê de Marx. Postagem baseada nas ideias de: Millor Fernandes,  Guia da História do Brasil. 
* Trecho retirado do texto: "Por trás do grito de independência". Clique aqui e acesse
É permitido o compartilhamento desta publicação e até mesmo a edição da mesma. Sem fins lucrativos e cite a fonte. Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.






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