POESIA SOBRE A LUTA
DOS TRABALHADORES INGLESES FRENTE A EXPLORAÇÃO
“Aos homens da
Inglaterra”
Homens da Inglaterra,
por que arar para os senhores que vos mantém na miséria?
Por que torcer com
esforço e cuidado as ricas roupas que vossos tiranos vestem?
Por que alimentar,
vestir e poupar, do berço até o túmulo, esses parasitas ingratos
que exploram vosso suor- ah, que bebem vosso sangue?
Por que abelhas da
Inglaterra, forjar muitas armas, cadeias e açoites para que esses
vagabundos possam desperdiçar o produto forçado do vosso trabalho?
Tendes, acaso, ócio,
conforto, calma, abrigo, alimento, bálsamo gentil do amor?
Ou o que é que
comprais a tal preço com vosso sofrimento e com vosso temor?
A semente que semeais,
outro colhe.
A riqueza que
descobris, fica com outro.
As roupas que teceis,
outro veste.
As armas que forjais,
outro usa.
Semeai- mas que o
tirano não colha.
Produzi riqueza- mas
que o impostor não a guarde.
Tecei roupas- mas que o
ocioso não as vista.
Forjai armas- que
usareis em vossa defesa.
PUBLICAÇÃO: FERNANDA E. MATTOS, AUTORA
E COLUNISTA DO BLOG UM QUÊ DE MARX. REFERÊNCIA: CITADO POR ARI HERCULANO, EM: A HISTÓRIA DA RIQUEZA DO HOMEM. EDITORA ZAHAR.
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